Obra de Arte da Semana

01/03/2012 15:42

Nascer do Sol

Impressão, nascer do sol, é a mais célebre e importante obra do impressionista Claude Monet. É um óleo sobre tela, datado de 1872 (mas provavelmente realizado em 1873), que representa o nascer da matina no porto de Havre, com uma cerrada névoa sobre o estaleiro, os barcos e as chaminés no fundo da composição. Está exposta no Museu Marmottan.

No quadro, antes de tudo, consegue imaginar-se fielmente uma grelha por detrás da pintura, que Monet terá utilizado, sobre a qual, solidamente, são sobrepostas pinceladas de tinta sem grandes misturas, ou seja, as tintas originais. A sobreposição de cores originais, cruas, sem misturas, é uma grande característica da técnica impressionista, continuada a partir do momento em que os espectadores e os artistas se deram conta de que conseguiam obter resultados mais próximos da realidade.

A partir desta tela nasceu o movimento impressionista. Foi exposta pela primeira vez no antigo estúdio do fotógrafo Nadar, a 15 de Abril de 1874, numa fracassada exposição, abatida pela crítica, que troçou, inclusive, do próprio nome do quadro. Na exposição constavam igualmente obras de Boudin, Sisley, Degas e Renoir.

Embora fracassada, a exposição converteu alguns dos espectadores mais liberais a esta nova tendência, que viria, mais tarde, a resultar na Arte Moderna. Esta pintura rompeu com todos os padrões tidos até à altura e com as barreiras realistas que ainda sobressaiam. Como tal, a pintura marcou uma profunda revolução social, embora demorada.

A idéia principal dos pintores impressionistas é que a imagem pareça, quase que completamente, iluminada pelo sol. Para conseguir este feito, o autor implica à sua tela pinceladas em tons mais claros (áreas iluminadas pelo sol) e tons mais escuros (áreas sombreadas).